Desembargador da 1ª Câmara Reservada de Direito Empresarial do Tribunal de Justiça de São Paulo acolheu pedido da livraria e suspendeu a falência, que havia sido decretada no último dia 9

LOC.: Nesta quinta-feira (16), a Livraria Cultura conseguiu uma liminar que suspende o decreto de falência da empresa, que havia sido decretada no último dia 9, pela 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo. Em nota publicada nas redes sociais, a Livraria  Cultura afirma que “recebeu com muita alegria” a informação de que a ação de falência foi  suspensa. A empresa informou ainda que as  duas lojas físicas (em São Paulo e em Porto Alegre), o site, o Hub Cultura e a programação do Teatro Eva Herz seguem operando normalmente. A livraria está em recuperação judicial desde 2018. O economista Newton Marques explica a diferença entre falência e recuperação judicial. 
 

TEC./SONORA: economista Newton Marques 
“A falência supera a recuperação judicial. A recuperação judicial é uma iniciativa dos donos da empresa que pedem ao juiz para que possam ter um cronograma de pagamento aos seus credores. E no caso da falência não, quebrou e não tem condições de fazer nenhum plano de pagamento aos credores, e ver o que vai sobrar para ser dividido, dessa massa falida, entre os credores. Então vai ter um impacto muito grande”.
 Áudio (33s)

LOC.: Espaço icônico da capital paulistana, a livraria já sediou lançamentos com nomes como Caio Fernando Abreu, Rita Lee, Drauzio Varela e muitos outros. Para Asmynne Barbosa, jornalista, professora de Língua Portuguesa e doutoranda em comunicação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), o momento representa um prejuízo à sociedade como um todo.

SON.: Asmynne Barbosa, jornalista, professora de Língua Portuguesa e doutoranda em comunicação pela UERJ
“Os leitores e apaixonados por literatura recebem com tristeza a informação da falência da livraria Cultura, que sempre representou um marco cultural da cidade, um espaço de mobilização cultural e artístico. É a perda de um local de disseminação de conhecimento. Mas também acredito que é um momento dos leitores se voltarem para a valorização das livrarias, principalmente as pequenas, as independentes e as de nicho, que estão voltadas ou dedicadas exclusivamente por exemplo para autores e autoras negras”

 Áudio (38s)

LOC.: Imersa em acusações de fraude e alvo de relatos de assédio moral há alguns anos, a Livraria Cultura já teve unidades em diversas capitais, e agora opera apenas em São Paulo e Porto Alegre. 

Reportagem, Janine Gaspar 

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